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Os pesquisadores ligaram um cérebro humano à internet pela primeira vez

19/09/2017 14h56 | Atualizado em: 19/09/2017 15h02

O projeto foi apelidado de “Brainternet”, e essencialmente transforma o cérebro em uma “Internet das Coisas” (uma rede de objetos físicos conectados)
Em feito inédito, pesquisadores da Universidade Wits, de Johanesburgo, na África do Sul, ligaram um cérebro humano diretamente à internet em tempo real.
Os dados recolhidos a partir deste projeto podem ajudar no desenvolvimento da tecnologia de aprendizagem de máquina e interfaces cérebro-computador.

Brainternet

A equipe realizou um grande avanço no campo da engenharia biomédica. O projeto foi apelidado de “Brainternet”, e essencialmente transforma o cérebro em uma “Internet das Coisas” (uma rede de objetos físicos conectados), dentro da rede WWW mundial.

O projeto funciona usando sinais de eletroencefalografia (EEG) de ondas cerebrais reunidos por um dispositivo conectado à cabeça do usuário.

Os sinais são então transmitidos para um computador Raspberry Pi de baixo custo, que os comunica para uma interface de aplicativos, exibindo-os em um site aberto onde qualquer pessoa pode visualizar a atividade.

“Brainternet é uma nova fronteira nos sistemas de interface cérebro-computador. Há uma falta de dados facilmente compreensíveis sobre como o cérebro humano funciona e processa informações. Brainternet procura simplificar a compreensão de uma pessoa de seu próprio cérebro e dos cérebros dos outros. O projeto faz isso através do monitoramento contínuo da atividade cerebral, além de possibilitar alguma interatividade”, explicou Adam Pantanowitz, professor da Escola de Engenheira da Informação e Elétrica na Universidade Wits e supervisor do projeto.
Aplicações

Os próximos passos do estudo giram em torno de permitir uma experiência mais interativa entre o usuário e seu cérebro.

Algumas dessas funcionalidades já foram incorporadas no site, mas as opções são limitadas ao estímulo, como o movimento do braço.

“Brainternet pode ser melhorado ainda mais para classificar informações através de um aplicativo de smartphone que irá fornecer dados para um algoritmo de aprendizagem em máquina. No futuro, poderia haver informações transferidas em ambas as direções – entradas e saídas”, disse Pantanowitz.

Além das aplicações na aprendizagem de máquinas e em interfaces cérebro-computador, como Neural Lace e Kernel, os dados coletados neste projeto podem levar a uma melhor compreensão de como nossas mentes funcionam e como podemos aproveitar esse conhecimento para aumentar nosso poder cerebral.

Fonte: Futurism